Cobiçada por chefs e degustadores gastronômicos, a cúrcuma — mais conhecida como açafrão-da-índia ou simplesmente açafrão — tem uma função que vai além de colorir e realçar o sabor das refeições. Pesquisa feita na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP), em Piracicaba, indica que o consumo do pó amarelo, obtido da raiz de uma planta asiática, é um importante mecanismo para prevenção de um recorrente problema psiquiátrico. “Realizamos durante alguns meses um procedimento com animais e ele se mostrou capaz de reduzir comportamentos semelhantes aos da depressão”, diz a nutricionista Gizele Barankevicz, responsável pelo estudo.
A primeira etapa da pesquisa consistiu em um teste para verificar o potencial antioxidante do açafrão. Já se sabia que o pó amarelado favorece o combate aos radicais livres — responsáveis por desencadear e potencializar doenças ligadas ao envelhecimento. A partir desse resultado, iniciou-se a etapa com animais. Ratos foram submetidos a uma situação de estresse ao longo de seis meses, por meio de natação forçada. As cobaias eram colocadas em um tanque de acrílico, em formato cilíndrico, com água, e tinham que se locomover. A mobilidade variou muito entre os bichos que ingeriam a cúrcuma e os que não.
Segundo Barankevicz, o segundo grupo permaneceu imóvel, com um comportamento típico de deprimidos. No entanto, os ratos que consumiam o açafrão nadaram para tentar se livrar do problema. “Os que não receberam o produto não tinham estímulo de fuga, se tornando imóveis. Esse é um comportamento típico depressivo. Quando são submetidos a situações estressantes, os deprimidos acabam as aceitando porque não têm estímulo. A cúrcuma serviu como um estímulo”, explica a nutricionista.
Fonte: INGR
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