Fatores ambientais
Um estudo sobre genes associados com a obesidade infantil ganhou destaque na imprensa mundial na semana passada.
Contudo, outro estudo agora publicado relata que o local onde a criança mora tem tanta influência sobre seu peso corporal quanto a influência detectada por todos os estudos genéticos realizados até agora.
Ou seja, aquilo que os cientistas chamam de fatores ambientais, em contraposição aos fatores genéticos, têm um peso muito maior sobre o risco de obesidade infantil do que qualquer predisposição herdada dos pais.
Ambiente anti-obesidade
O novo estudo indica que o local da cidade onde uma criança vive, incluindo fatores como possibilidade de andar pela vizinhança, proximidade a parques e acesso a alimentos saudáveis, tem uma influência direta sobre o sobrepeso e a obesidade infantil.
Os pesquisadores descobriram que crianças que vivem em ambientes urbanos favoráveis têm 59% menos chance de se tornarem obesas.
"As pessoas pensam sobre a obesidade infantil e imediatamente se lembram das atividades físicas e do comportamento alimentar, mas não necessariamente identificam obesidade com o lugar onde a pessoa vive," afirma o Dr. Brian Saelens, do Instituto de Pesquisas Infantis de Seattle (EUA).
Ambiente nutricional e ambiente físico
O pesquisador caracterizou os ambientes onde as crianças vivem a partir de dados de GPS.
O "ambiente nutricional" foi caracterizado pela presença de supermercados, em contraposição à existência de restaurantes de comidas rápidas.
O "ambiente de atividade física" foi definido com base na facilidade de sair para caminhar ou andar de bicicleta nas proximidades da residência e na existência de pelo menos um parque na vizinhança com atrativos para crianças.
Apenas 8% das crianças que vivem em ambientes nutricional e fisicamente favoráveis são obesas, segundo o estudo.
Fonte: Meu Nutricionista
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