Uma das dietas mais comentadas atualmente é a que restringe glúten e lactose do cardápio, prometendo desinchar e reduzir o peso em pouco tempo. Ela se baseia na suposição de que a presença desses compostos mantém nosso organismo em constante inflamação, aumentando o risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
Com a retirada deles, essa "desinflamação" faz com que o metabolismo volte a funcionar normalmente, diminuindo a retenção de líquidos e fazendo com que o intestino absorva os nutrientes de forma correta. Entretanto, não há qualquer achado científico que comprove tais afirmações.
O Conselho Regional de Nutrição divulgou, em 2013, um parecer oficial recomendando que a dieta com restrição de glúten deve ser feita apenas por pessoas com doença celíaca.
O mesmo pode se aplicar à lactose, que deve ser excluída do cardápio somente daqueles que possuem intolerância a ela, pois em ambos os casos é uma questão de necessidade, e não de opção.
Levando em consideração o que essa dieta promete, celíacos e intolerantes à lactose teriam corpos esguios, não é mesmo? Ou então, a maior parte das pessoas já teria desenvolvido uma série de doenças, comprometendo sua saúde e bem-estar, uma vez que alimentos com glúten e lactose fazem parte de suas rotinas (leite, pão, farinha, queijo, etc.).
É fato que ocorre o emagrecimento sim, mas por um motivo simples: eliminar o glúten e a lactose do cardápio faz com que as pessoas fiquem longe de vários alimentos como pizza, cerveja, chocolate, bolos recheados, massas, pães, etc., que costumam ser os vilões de quem está de dieta.
Vale ressaltar ainda que produtos livres de glúten e lactose têm a mesma quantidade de calorias que as versões convencionais e a substituição desses alimentos por escolhas menos calóricas, como frutas, vegetais, arroz integral, oleaginosas, peixes, ovos, leite, entre outros, faz com que a perda de peso aconteça, pois são recomendações gerais de qualquer reeducação alimentar.
Não tem segredo: emagrecer é uma equação básica entre o que é ingerido e o que é gasto. Sendo assim, reduzindo o que comemos e aumentando a atividade física, que representa o gasto energético, a perda de peso é praticamente certa, a não ser que haja alguma influência fisiológica, como problemas hormonais, que devem ser de maneira específica.
Por isso, procure sempre se questionar sobre os princípios das dietas da moda, e se for preciso, pesquise a seu respeito, a fim de ver se realmente elas cumprem com o que prometem.
Além disso, não deixe se enganar pelo "tal famoso fez e emagreceu", pois muitas vezes esses recorrem a tratamentos cujo valor aquisitivo está aquém do que a maior parte da população pode pagar.
Fonte: Mais Equilíbrio
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