Nos últimos anos, tivemos um aumento considerável no número de pessoas com sobrepeso, não só no Brasil, como no mundo inteiro. Algum dos fatores que contribuíram para esse aumento se dá à ausência de controle individual na ingestão alimentar, falta de autocontrole do indivíduo na hora de realizar suas refeições, escolhas por alimentos de rápido preparo (fast – food), além de uma determinação biológica para o ganho de peso, a genética. Outro fator preocupante é o estresse, ele por muitas vezes age silenciosamente e pode causar problemas de saúde como a obesidade.
Segundo a psicóloga especialista em Terapia Comportamental da clínica Vivencialle, Letícia Guedes, a pessoa com sintomas de estresse costuma atirar-se em grande quantidade de comidas, e isso pode acarretar problemas como a obesidade. “Não só a comida em grande escala faz com que o individuo venha a engordar, ele pode engordar de boca fechada. Existe uma tensão continua que faz o organismo liberar em grande quantidade, dois hormônios que são responsáveis pela obesidade: a adrenalina e a cortisona. Quanto mais tensão, maior o risco de engordar”, explica a especialista.
A obesidade pode desencadear doenças como diabetes, hipertensão arterial, infarto e derrame. Geralmente, a probabilidade de desenvolver alguma dessas doenças aumenta se a pessoa apresentar sobrepeso. Além disso, a distribuição da gordura corporal é, também, um importante fator de risco para doenças crônicas não transmissíveis, ou seja, a gordura situada no tronco e abdome, principalmente intra-abdominal (visceral), proporciona maior risco de complicações metabólicas, comparando-se a pessoas que possuem esse mesmo excesso de gordura, porém em outras regiões do corpo.
A especialista alerta que a pessoa deve observar a mudança do corpo, o excesso de peso acarretado pelo estresse pode não ser tratado apenas com regimes rigorosos. “Outros fatores podem estar contribuindo para a gordura. O paciente pode não mostrar um quadro de estresse ou de depressão para o nutricionista, especialista que por muitas vezes pessoas obesas procuram quando querem emagrecer”, disse Dra. Letícia.
O tratamento indicado para esse tipo de obesidade não se restringe a orientação alimentar. A mudança da rotina de trabalho, lazer regrado a prática de exercícios físicos, relaxamento e terapia podem ajudar a promover melhorias na composição corporal. “Indicamos exercícios físicos, mas alertamos que a prática irregular pode causar problemas, ao invés de auxiliar”, ressalta.
Fonte: INGR
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