A psoríase é uma doença de caráter inflamatório que acomete a pele e pode se manifestar de diferentes formas e intensidades, em diferentes faixas etárias. Há presença de processos inflamatórios no local da lesão, potencializando a vermelhidão, a coceira e o aspecto de ferida.
Mudanças na dieta podem ser muito indicadas para as pessoas com psoríase, podendo inclusive auxiliar na melhora dos sintomas. Veja os principais alimentos que devem ou não fazer parte do cardápio dos pacientes com essa doença:
- Peixes: salmão, sardinha, atum e cavala são excelentes fontes de ômega-3, um ácido graxo que ajuda a reduzir a inflamação e melhora a ação do sistema imunológico, que é hiperativo em pessoas com psoríase. Além disso, a doença também está ligada ao maior risco de ataque cardíaco e acidente vascular cerebral, reforçando a importância do consumo desse tipo de alimento ao menos duas vezes por semana.
- Cenoura e abóbora: fontes de carotenoides, que são importantes para a secreção e proliferação de linfócitos (células de defesa), aumentando a imunidade.
Dica da nutricionista: a carne, especialmente a vermelha, quando evitada, tende a melhorar o quadro da doença. Parece que a grande quantidade de gordura saturada presente no alimento costuma piorar o processo inflamatório.
- Grãos integrais: o consumo de fibras deve ser avaliado e caso se identifique quantidade insuficiente é necessário aumentar a ingestão para ajudar no controle dos lipídeos sanguíneos. Além de oferecerem fibras, contêm compostos bioativos e vitaminas com propriedades antioxidantes, importantes para o controle do estresse oxidativo presente na psoríase.
- Abacate e oleaginosas: ricos em “gorduras do bem”, como as mono e poli-insaturadas, possuem efeito anti-inflamatório e antioxidante. Além disso, auxiliam no controle das taxas de colesterol sanguíneo, prevenindo as doenças cardiovasculares.
Dica da nutricionista: alguns trabalhos têm indicado que pacientes com psoríase apresentam anticorpos contra a fração da proteína presente principalmente no trigo, na cevada e no centeio: o glúten. Para essas pessoas, uma dieta livre de glúten pode resultar em melhora clínica significativa.
- Berries (blueberry, goji berry, cranberry): além da propriedade anti-inflamatória e antioxidante, possuem grande quantidade de vitamina C (imunidade) e de fibras (controle dos lipídeos sanguíneos).
Dica da nutricionista: açúcar processado é um vilão para a saúde em geral e, possivelmente, para a psoríase. O consumo excessivo de açúcar não só pode promover a inflamação mas também é um dos principais contribuintes para o ganho de peso e, como sabemos, o excesso de peso pode agravar a doença. Evite a adição de açúcar nas preparações e verifique cuidadosamente os rótulos dos alimentos industrializados.
- Gema de ovo, óleo de fígado de bacalhau: fontes de vitamina D, que modulam a inflamação cutânea. A exposição solar também melhora as lesões de pele provavelmente por promover a síntese de vitamina D3, a partir de seu precursor presente na pele. Banhos de sol nos horários recomendados devem fazer parte do dia a dia desses pacientes sempre que possível. Porém, como a vida moderna dificulta esse hábito, deve-se considerar a necessidade e a possibilidade de suplementação.
Dica da nutricionista: merece atenção o consumo de bebidas alcoólicas, que devem ser evitadas, principalmente nos períodos de exacerbação, uma vez que o uso de medicações é intensificado e a maioria delas pode ter impacto hepatotóxico.
Fonte: Mundo Verde
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