Para ter uma vida mais saudável, muitas pessoas buscam viver a vida de uma forma mais natural e isso inclui a alimentação, que também possui alto valor terapêutico. Com a evolução das pesquisas neste campo, nasceu um novo método de cura, que promete ser eficaz, além de natural: os nutracêuticos.
Nutracêuticos não são alimentos funcionais
Geralmente apresentados em cápsulas, tabletes e comprimidos, os nutracêuticos não devem ser confundidos com os alimentos funcionais. A nutricionista Adriana Lauffer explica que o alvo dos nutracêuticos é diferente dos alimentos funcionais: enquanto os nutracêuticos possuem apelo médico na prevenção e tratamento de doenças, os alimentos funcionais prometem reduzir o risco de doenças.
Conforme Adriana, os nutracêuticos são de interesse para uma sociedade cada vez mais preocupada com a saúde e podem ser especialmente relevantes para prevenir ou retardar uma série de doenças relacionadas com a idade. Entre elas, artrite, câncer, doenças metabólicas e cardiovasculares, osteoporose, catarata e distúrbios cerebrais.
No geral, há ainda muitas lacunas no conhecimento de todos os benefícios oferecidos pelos nutracêuticos à saúde. Grande número de estudos têm investigado o possível efeito redutor da pressão arterial a partir de diferentes suplementos e nutracêuticos alimentares, na sua maioria agentes antioxidantes com alta tolerabilidade e bom perfil de segurança.
Em particular, um relativamente grande corpo de evidência apoia o uso de potássio, L-arginina, a vitamina C, flavonóides de cacau, a coenzima Q10, a melatonina de libertação controlada e extrato de alho envelhecido.
Características dos alimentos nutracêuticos
Os compostos bioativos através dos quais nutracêuticos são produzidos são encontrados em alimentos funcionais. Então, para que um alimento seja considerado funcional, ele deve demonstrar sua funcionalidade em vários aspectos.
Por exemplo, quando consumidos na dieta normal, deve ser composto por componentes naturais, deve ter efeitos positivos, além do valor básico nutritivo.
Assim, ele pode aumentar o bem-estar e a saúde ou reduzir o risco de ocorrência de doenças, promovendo benefícios diversos, além de melhorar a qualidade de vida, incluindo desempenhos físico, psicológico e comportamental. Por fim, a alegação de funcionalidade deve ter comprovação científica.
Dose recomendada de nutracêuticos
Não há doses estabelecidas para o uso dos nutracêuticos, o que ainda depende de mais estudos, conforme a nutricionista. “Mais pesquisas são necessárias para determinar a composição exata, dosagem e indicações para a sua utilização e para caracterizar completamente como os nutracêuticos agem na prevenção de doenças”, diz.
Atenção à inclusão dos nutracêuticos na dieta
Apesar dos benefícios evidentes, os nutracêuticos exigem cuidado na sua inclusão na dieta. Adriana afirma que alguns nutracêuticos estão bem estabelecidos, como as polivitaminas, ômega-3. Já em outros a evidência científica é mais limitada, como extratos de alimentos, polifenóis e carotenóides.
No entanto, conforme a nutricionista, existe necessidade de mais dados sobre a segurança a longo prazo de uma grande parte destes produtos. “Além disso, mais pesquisas clínicas são aconselháveis para identificar entre os nutracêuticos disponíveis, aqueles com a melhor relação custo-benefício e risco-benefício para uso generalizado na população geral com baixo risco cardiovascular adicional relacionada à hipertensão não complicada”, finaliza.
Fonte: Doutíssima
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