Atualmente sabemos que a população mundial está envelhecendo. Com o aumento da expectativa de vida, o número de idosos no mundo não pára de aumentar. Infelizmente alguns desses indivíduos não chegam saudáveis nessa fase da vida.
Diversas doenças acometem esses indivíduos, principalmente as doenças motoras e as doenças neurológicas, como depressão e o Alzheimer. Hoje, iremos falar um pouco a respeito de como podemos contribuir através da alimentação para a melhora da qualidade de vida do idoso portador de Alzheimer.
A doença de Alzheimer pode ser denominada também como demência primária ou senil e corresponde a quase metade (50%) das demências que atingem os idosos.
Embora ainda não esteja estabelecido, o início da doença pode estar relacionado com alguns mecanismos do nosso organismo, como a genética, a diminuição do metabolismo cerebral e a grande presença de radicais livres. A doença de Alzheimer é uma doença neurológica, degenerativa, progressiva e irreversível.
Como características gerais dos portadores de doença de Alzheimer podemos citar: o esquecimento, falhas de memória recente (é comum o idoso lembrar-se somente da vida passada), desorientação de espaço e temporal perdendo a orientação de local e hora, apatia- muitas vezes confundida com depressão, dificuldade de reconhecimento de familiares amigos, falta de apetite e/ou não alimentação, dentre outros.
A contribuição do Nutricionista pode ser realizada por meio de orientações de como deve ser a alimentação desses indivíduos, pois juntamente com a falta de apetite ocorre a diminuição do peso corporal, o que pode contribuir com o avanço da doença rapidamente, pois a má alimentação pode gerar possíveis perfusões no cérebro.
Além disso, as condições de mastigação do idoso, problemas de deglutição agravados não só pela idade, mas também pela doença, e o esquecimento de realizar as refeições contribuem para a piora do quadro.
Portanto, são necessários ajustes e adaptações na alimentação desses indivíduos para que se possa contribuir com a melhora dos hábitos alimentares.
Podemos relacionar as seguintes ações:
* Fracionar as refeições, em pequenas porções e vária vezes ao dias;
* Adequar as preparações para a idade e situação do idoso, utilizando preparações pastosas e sucos de frutas contribuindo com o aumento da densidade calórica;
* Evitar extremos de temperaturas como muito quente e/ou muito frio;
* Não alimentar o indivíduo deitado;
Além desses cuidados, alguns tipos de alimentos podem ajudar a tornar o desenvolvimento dos sintomas mais lento, contribuindo assim com melhora do quadro geral. Esses alimentos são os chamdos alimentos funcionais, que por serem ricos em compostos bioativos podem trazer efeitos positivos em diferentes doenças, dentre elas o Alzheimer.
Esses compostos agem como antioxidantes, ou seja, previnem os danos causados pela atuação dos radicais livres, fazendo com que a comunicação entre os neurônios seja mais eficiente. Esse processo pode contribuir para reduzir o avanço da doença.
Alguns alimentos rico em antioxidantes que podem ser utilizados de forma prática na alimentação desses indivíduos são: a laranja (rica em vitamina C); o brócolis (rico em flavonóides); o mamão (rico em b-caroteno); o tomate (rico em licopeno); o alho (rico em glicosinolatos).
Cabe ressaltar, que a alimentação desses indivíduos requer cuidados específicos e portanto deve-se procurar orientação de um profissional capacitado e/ou um Nutricionista, que irá avaliar e orientar de acordo com cada caso.
Portanto, uma alimentação bem variada e equilibrada, que apresente uma combinação de nutrientes e compostos biativos durante toda a vida pode diminuir o risco do aparecimento da doença de Alzheimer.
Fonte: A Nutricionista
Nenhum comentário:
Postar um comentário