Segundo dados da Associação Brasileira de Halitose (ABHA), cerca de 30% da população brasileira sofre com o mau hálito. Um número de quase 50 milhões de pessoas. Ainda segundo informações da ABHA, existem aproximadamente 60 causas diferentes para o mau hálito, e muitas delas estão relacionados com a alimentação.
Férias, festas e altas temperaturas marcam a chegada do Verão no mês de dezembro, e com isso nesse período chegam as dietas de estação. Muitas vezes as pessoas aderem a restrições alimentares e ficam mais de três horas sem se alimentar. Com essa atitude, segundo a ABHA, ocorre uma queima de gordura do organismo que provoca a liberação de compostos voláteis mal cheirosos por via pulmonar, pela respiração, causando assim, o mau hálito.
Segundo a nutricionista Anavalda Oliveira (CRN-5/3152), além da alimentação, a halitose pode ser causada por bebidas, cigarro ou falta de escovação dentária. “A halitose passageira é normalmente um problema trivial, causado por certos alimentos, bebidas, fumo ou higiene dental deficiente. O mau hálito pode ser facilmente sanado através de uma boa higiene dental, da restrição de certos alimentos e da abstenção do álcool e do tabaco. A alimentação influencia de várias formas, por exemplo, os produtos químicos contidos nos alimentos, o cheiro de vinho, cerveja e muitas outras bebidas alcoólicas,” explica.
Ainda segundo Oliveira, alguns alimentos podem melhorar ou piorar a situação. “Alimentos amargos podem melhorar, como ervas para estimular o fluxo de saliva, por exemplo: mastigar folhas de salsa ou hortelã, anis ou sementes de erva-doce pode refrescar o hálito, e beber bastante água e suco de frutas. Já os responsáveis por acentuar o mau halito são alimentos de cheio forte, ou com alto teor de enxofre, como o alho e a cebola, além de alimentos doces e pegajosos,” conta.
A nutricionista ainda faz um alerta: a halitose, quando contínua, pode ser um sintoma de algo mais grave. “O mau hálito contínuo pode ser um sintoma de outra doença. Algumas delas, como insuficiência renal, distúrbios do fígado e diabete, entre outras, facilmente identificáveis por um médico,” pontua.
Veja como a sua alimentação pode influenciar o seu hálito
- Comidas gordurosas: ricas em enxofre, se não forem bem metabolizados podem provocar gazes pela fermentação bacteriana, e eliminar parte do gás formado pelo pulmão saindo o odor no ar expirado.
- Bebidas alcoólicas: alteram a flora intestinal, desidratam o organismo, levam a um aumento de descamação de células da mucosa bucal (células que contribuem para a formação da saburra lingual e servem de alimento para as bactérias que fazem parte da cavidade bucal), alteram a resposta neurológica do indivíduo (com uma alteração do nível de consciência a higiene não é realizada de forma adequada).
*Alimentos detergentes, que auxiliam na limpeza bucal
- Frutas: maçã, laranja, tangerina, uva e melancia são ricas em vitaminas e minerais. Elas estimulam a salivação, ajudando na limpeza da cavidade bucal, contribuindo como fonte de água e fibras, ajudando para um bom trânsito intestinal e também fazem com que a cavidade bucal mantenha um pH mais equilibrado, não favorecendo o grupo de bactérias que contribuem para a halitose.
- Frutas secas: As frutas secas (estas concentram mais açúcar por serem desidratadas) podem contribuir como fonte de fibras, de açúcar e também para que não ocorra na cavidade bucal um pH que favoreça a halitose, que é o pH alcalino.
- Gengibre: O gengibre pode ser um alimento colaborador do bom hálito, pois além de estimular a salivação contribui também para o processo digestivo.
- Água: A água pode ser vista como fonte imprescindível também para o bom funcionamento do nosso organismo e, por isso, deve ser encarada também como um “alimento” auxiliador do bom hálito.
Fonte: INGR
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