Nutrição é um processo biológico em que o homem, utilizando-se de alimentos, assimila nutrientes para a realização de suas funções vitais.
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quinta-feira, 18 de julho de 2013

Consumo diário de bebidas açucaradas aumenta risco de cálculo renal

Refrigerantes e sucos industrializados elevam as chances em 23%, aponta estudo

Um novo estudo desenvolvido por pesquisadores do Hospital Brigham and Women, em Boston, nos Estados Unidos, afirma que beber grandes quantidades de refrigerantes e sucos de fruta açucarados pode aumentar as chances de sofrer com o cálculo renal. A pesquisa foi publicada online dia 15 de maio no Clinical Journal of the American Society of Nephrology.

O trabalho envolveu mais de 194 mil pessoas, que foram acompanhadas por mais de oito anos. Os participantes responderam a questionários sobre seu histórico médico, estilo de vida e quais remédios tomavam. Informações sobre a dieta também foram coletadas a cada quatro anos.

Após o período de análise, os pesquisadores descobriram que aqueles que bebiam uma ou mais porções de bebidas açucaradas diariamente, como o refrigerante, tiveram um risco 23% maior de pedras nos rins do que aqueles que bebiam menos de uma porção por semana. O estudo mostrou que essa relação existia também para aqueles que ingeriram, além dos refrigerantes, outras bebidas açucaradas, como os sucos industrializados de frutas ou o ponche de frutas.

Os cientistas declaram que já existem muitas razões de saúde para evitar bebidas açucaradas, e que o maior risco de pedra nos rins é só uma delas. Outras condições associadas ao consumo dessas bebidas foram diabetesobesidade doenças cardiovasculares. Eles afirmam ainda que a hidratação é importante para prevenir o cálculo renal - cerca de seis a oito copos de líquido por dia - e que a água parece ser a melhor maneira de afastar o problema.

Sete cuidados para prevenir o cálculo renal

A pedra no rim se forma quando algumas substâncias secretadas pela urina - como o cálcio - estão presentes no órgão em quantidade excessiva, causando um processo de cristalização, formando a pedra. O tamanho do cálculo influencia a intensidade da dor - até quatro milímetros podem ser expelidos espontaneamente, sem dor. "Acima desse tamanho, a chance de episódios com dor aumenta", conta o nefrologista André Sloboda, da Sociedade Brasileira de Nefrologia. Confira alguns cuidados que especialistas recomendam para evitar que o cálculo se desenvolva e até mesmo para ajudar o corpo a expeli-lo.  

mulher bebendo água - Foto Getty Images

Hidrate-se 
A principal recomendação para evitar as pedras e auxiliar o tratamento é ingestão de líquidos acima de dois litros por dia. "Isso deixa a urina menos concentrada, auxiliando a diluição dos cristais", explica o nefrologista Eduardo Garcia, do Hospital Samaritano de São Paulo.

mulher suando com a mão na testa - Foto Getty Images

Atenção redobrada em climas quentes 
A incidência de cálculo renal aumenta cerca de 30% no verão. "O principal motivo é a maior perda de líquido pela transpiração, levando a uma urina mais concentrada", conta Pedro Rocha, Nefrologista do Hospital Adventista Silvestre, no Rio de Janeiro. Por isso, se você já tem pedras no rim ou quer evitá-las, aumente a ingestão de água nos dias quentes e use roupas mais leves, evitando a transpiração excessiva. 

um copo de dose cheio e outro vazio - Foto Getty Images

Evite o excesso de álcool 
"A ingestão de álcool em grandes quantidades pode levar à desidratação e à elevação no ácido úrico", explica o nefrologista André Sloboda, da Sociedade Brasileira de Nefrologia. As bebidas fermentadas são as que têm maior teor desse ácido e seu consumo elevado pode levar a um agravamento das pedras ou ao surgimento delas.  

saleiro caído em cima da mesa - Foto Getty Images

Modere a quantidade de sal 
O sal pode ser tido como o grande vilão na formação de cálculos renais. "O consumo elevado leva a uma maior excreção de sódio pelo rim, o que pode aumentar a produção de cálcio, fósforo, acido úrico ou oxalatos, causando a pedra no rim", conta o nefrologista André Sloboda.
 

tábua de carne e jarra de leite - Foto Getty Images

Atenção às proteínas e ao cálcio 
Em casos de cálculo renal mais grave, é recomendado evitar a ingestão de alimentos fontes de proteínas ou de cálcio em grandes quantidades. "O excesso de proteína animal aumentará a secreção de acido úrico urinário, podendo agravar ainda mais o cálculo", conta o nefrologista Pedro Rocha. 
A restrição do cálcio é aplicada a pessoas que desenvolveram pedras formadas por esse nutriente - o cálculo renal por excesso de cálcio é o mais comum. É preciso esse controle para não formar mais pedras ou aumentar as já existentes. 

homem durante uma consulta médica - Foto Getty Images

Tratamento clínico e cirúrgico 
Em casos de pedra nos rins acima de quatro milímetros, é necessário o auxilio de medicamentos analgésicos, para que ela possa ser expelida sem dor, e outros medicamentos que ajudem a sua passagem - todos receitados por um médico. 

De acordo com os especialistas, é recomendado o tratamento cirúrgico quando as pedras possuem mais de 10 milímetros, já que são mais agressivas. Há dois tipos de cirurgias: litotripsia (emissão de ondas de choque que quebram o cálculo) e procedimentos endoscópicos (retirada da pedra através de sondas e cateteres). 

Para todos os casos, a recomendação é conversar com o seu médico e descobrir qual é o método mais adequado. 

mulher com febre segurando o termômetro - Foto Getty Images

Fique atento! 
Existem doenças sistêmicas que podem ter o cálculo renal como o seu primeiro sintoma. Alguns exemplos são gota, doenças autoimunes, doenças inflamatórias intestinais e doenças renais. ?Quando o cálculo renal aparece junto com febre, pode sinalizar uma infecção associada e deve ser motivo para procurar assistência médica imediata?, conta o nefrologista Eduardo Garcia. 

Todo cuidado é pouco: se você está desconfiando que o seu cálculo renal pode ser sintoma de qualquer complicação mais grave, fale com seu médico. 

Fonte: Minha Vida

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