"junto com a compulsão alimentar, bebidas alcoólicas são armadilhas que podem impedir o emagrecimento'
É comum as pessoas se depararem com a dificuldade de lidar com o álcool quando querem emagrecer, transformar ou modelar seus corpos. A disseminação do consumo permitido do álcool tem agravado o que chamamos de drunkorexia, que nada mais é do que a troca da comida pela bebida.
Na drunkorexia, paciente consome bebidas alcoólicas e não come
O “anestesiamento” que ele promove e que também é buscado para aplacar as angústias presentes no dia a dia, faz com que as pessoas esqueçam que ao entrar em contato com o organismo o álcool se transforme imediatamente em glicose, colaborando para o processo de “engordamento”.
Além dos danos para saúde física e mental, o álcool pode representar uma perda da “identidade social". Grupos que se formam e se reúnem somente em função dele podem criar uma dependência em alguns de seus membros, levando à necessidade de afastamento do grupo para poder cuidar da saúde (e/ou do vício), correndo o risco de sentirem-se deslocados e isolados socialmente.
Assim como a drunkorexia é fruto dos desdobramentos patológicos inerentes à obesidade (ou o medo de se tornar obeso, presente nas anorexias, ou na maior facilidade de beber que os pacientes bariátricos encontram), outras doenças também ligadas a esta epidemia estão sendo “criadas”. Todas elas, de certa forma, podem ser consideradas como co-morbidades da obesidade.
Preocupação exagerada com a alimentação pode acompanhar o excesso de peso
Algumas dessas doenças, são a ortorexia (que também pode ser nomeada como síndrome do apetite correto, caracterizado pelo excesso de preocupação com um exagerado “comer saudável”), a diabesidade (que são hábitos alimentares que os diabéticos desenvolvem, por não aceitarem as restrições da doença, transgredindo e adotando comportamentos compensatórios bulímicos para eliminar os excessos de glicose e/ou gorduras ingeridos) ou ainda a vigorexia (que é um transtorno no qual as pessoas realizam práticas esportivas de forma contínua, evitando desenvolver a obesidade, com uma valorização praticamente religiosa, com características de fanatismo).
Tal como a anorexia e a bulimia, esses transtornos alimentares citados acima são consideradas uma forma reativa de lidar com a obesidade, ou seja, para evitá-la acabam se transformando numa manifestação da própria obesidade, como se fosse a mesma roupa vestida pelo avesso. A perda de peso é um ganho de saúde!
Fonte: Emex - Nutrição Orientada
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