Comer demais pode dobrar o risco de perda de memória em idosos, mostrou um estudo da Clínica Mayo, em Scottsdale, Arizona, Estados Unidos. Os pesquisadores descobriram que os que consumiram mais de 2,1 mil calorias por dia eram mais propensos a ter comprometimento cognitivo leve do que quem comeu menos. Por outro lado, as descobertas sugerem que a manutenção de uma dieta de baixas calorias na velhice pode manter a mente afiada, prevenindo até o aparecimento da doença de Alzheimer. As informações são do Daily Mail.
Os cientistas analisaram os hábitos alimentares de 1,2 mil pessoas entre 70 e 89 anos que não tinham demência. Todas receberam testes de memória. Do total, 163 apresentaram problemas de memória e o risco era duas vezes maior para os que comeram mais calorias.
Os participantes foram divididos em três grupos: o primeiro ingeriu de 600 a 1,5 mil calorias por dia; o segundo, de 1,5 mil a 2,1 mil; e o terceiro, de 2,1 mil a 6 mil. Nenhuma diferença significativa foi encontrada entre os dois primeiros, o que sugere que o consumo de menos de 2,1 mil calorias não aumenta o risco de problemas de memória.
A solução, segundo o autor do estudo, o médico Yonas Geda, é a seguinte: cortar calorias e comer alimentos que compõem uma dieta saudável com o passar da idade. Os resultados da pesquisa serão apresentados em abril, na conferência anual da Academia Americana de Neurologia.
Memória saudável
Para a médica Marie Janson, que pesquisa o Alzheimer do Reino Unido, é preciso uma investigação mais completa para verificar os possíveis fatores de risco para demência. "Seria interessante ver como muitas dessas pessoas passam a desenvolver demência no futuro, para saber se existe uma conexão para a doença de Alzheimer", disse ao jornal inglês Daily Mail. Segundo ela, adotar um estilo de vida saudável, com dieta equilibrada e exercício físico regular é benéfico na proteção contra a demência.
Pesquisadores têm estudado o papel desempenhado pela dieta e exercício em relação à perda de memória na velhice. Um estudo realizado há dois anos descobriu que pessoas obesas tinham a tendência de ter cérebros menores, causando maior risco de demência. Por outro lado, as pessoas que fazem exercício físico regular e treinam o cérebro com palavras cruzadas tendem a ter uma memória mais forte.
Fonte: Terra
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