Hoje, as crianças já não são capazes de correr tão longe e tão rápido quanto seus pais quando tinham a idade delas. Um extenso estudo australiano concluiu que, em todo o mundo, a aptidão física e cardiovascular na infância piorou cerca de 15% ao longo dos últimos 30 anos. Isso pode resultar em uma pior saúde na vida adulta, incluindo problemas do coração, ossos mais fracos e menor qualidade de vida.
A pesquisa foi apresentada nesta terça-feira durante o encontro anual da Associação Americana do Coração, em Dallas, Estados Unidos. O estudo também descobriu, por exemplo, que as crianças de hoje demoram, em média, 90 segundos a mais para correr um quilômetro e meio do que a geração de seus pais quando eram jovens.
“Nós todos vivemos em um ambiente que é tóxico para o exercício, e as crianças estão pagando o preço por isso”, diz Grant Tomkinson, pesquisador da Universidade do Sul da Austrália e coordenador do trabalho.
O estudo foi feito com base em 50 pesquisas sobre atividade física realizadas desde os anos 1960 em 28 países. Ao todo, esses trabalhos envolveram mais de 25 milhões de jovens de nove a 17 anos.
De acordo com Tomkinson, os resultados do estudo são uma consequência de diversas mudanças no estilo de vida das famílias nos últimos anos – como o fato de cada vez menos crianças irem à escola andando ou o aumento do tempo em que elas passam em frente a televisões, computadores e celulares. “Além disso, somos mais gordos atualmente, o que piora o desempenho em atividades físicas.
Entre 30% e 60% da piora da aptidão física pode ser explicada pelo aumento de peso.” O pesquisador acredita que as crianças devem praticar pelo menos 60 minutos de alguma atividade física ao dia, como correr, nadar, andar de bicicleta e até mesmo caminhar.
Fonte: Revista Veja
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