A enxaqueca é caracterizada como uma dor de cabeça moderada ou severa, localizada no fronto-temporal unilateral ou bilateral, pulsátil ou pressão, muito comumente associada a náuseas (vômitos), intolerância a barulhos e a luz. A frequência pode variar muito de uma pessoa para outra. Acomete aproximadamente 12% da população feminina, principalmente em mulheres acima do peso, chegando a refletir um impacto na economia e na qualidade de vida. Dentre o grupo de celíacos, a incidência de enxaqueca aumenta para 18,6%.
Os principais fatores associados a crises são:
- Insônia: geralmente pessoas com menos melatonina (hormônio da glândula pineal) tem enxaqueca. Destaco, que pessoas com o intestino não saudável geralmente apresentam menos melatonina.
- Estresse, tensão
- Alterações hormonais: suspeita-se associação com o hormônio estradiol, sendo então, predominante durante o período menstrual, quanto este hormônio tem uma diminuição significativa. Além dos hormônios do ciclo menstrual, os opioides endógenos e serotonina também apresentam alterações nestes períodos.
- Depressão e distúrbio da serotonina: a serotonina é um neurotransmissor, que tem com uma de suas funções, impedir estímulos como a dor. Tanto o excesso, como a falta pode contribuir para as crises.
- A não amamentação materna exclusiva, vem sendo associado como fator, uma vez que o leite materno proporciona inúmeros benefícios como prevenção de deficiências nutricionais, equilíbrio de flora intestinal, melhora do sistema imunológico, entre outros.
- Pré-disposição genética: onde podemos considerar fatores como, menor detoxificação do fígado, levando a alterações hormonais, bem como hábitos alimentares passados de geração para geração, entre outros.
- Jejum prolongado: favorece a baixa concentração de glicose no sangue, o principal combustível e fundamental para formação da serotonina.
- Desidratação
- Sensibilidade alimentar: Os estudos demonstram que, em 65% dos casos, fatores alimentares estão associados. Os principais alimentos são:
Bebidas alcoólicas (vinho tinto, vinho branco, cerveja ou destilados). |
Chocolates (principalmente ao leite) |
Leite e derivados |
Frutas cítricas (laranja, limão, abacaxi); ou ricas em octapamina, dopamina (banana, passas, fígo, ameixa vermelha, abacate) |
Embutidos e carne vermelhas |
Café e alguns chás e refrigerantes (a base de cola) |
Frituras ou alimentos ricos em gorduras (saturadas e trans) |
Adoçantes como aspartame e sucralose |
Glutamato monossódico, presente em muitos produtos industrializados e restaurantes como tempero |
Tão importante quanto identificar as sensibilidades alimentares e adequar sua frequência é ter uma alimentação adequada, rica em nutrientes que modulam a produção hormonal de serotonina, aumentar o consumo de alimentos que melhorem o quadro inflamatório como o gengibre, por exemplo, favorecer a uma melhor desintoxicação hepática (limpeza de fígado), para regulação hormonal e atenuação da inflamação. Neste contexto, o intestino tem um papel fundamental na eliminação de toxinas do dia a dia, além da absorção de nutrientes.
Dentre as deficiências nutricionais chamo a atenção para as deficiências do complexo B, visto que muitas mulheres fazem o uso de contraceptivos, que aumentam a excreção e/ou utilização destas vitaminas; a deficiência de vitamina D, pois hoje ficamos mais fechados em casa ou no trabalho com menor exposição a luz solar; deficiência de magnésio e cálcio de boa biodisponibilidade, pelo baixo consumo de alimentos da cor verde escura; alta exposição a alimentos com perfil inflamatório e aditivos químicos, etc.
Além do adequamento da dieta, muitos fitoterápicos vêm apresentando bons resultados, como é o caso da Melissa, manjericão, alfavaca , ginkgo biloba, tanaceto, entre outros.Procure o seu nutricionista e se informe mais sobre o assunto.
Fonte: A Nutricionista
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