Nutrição é um processo biológico em que o homem, utilizando-se de alimentos, assimila nutrientes para a realização de suas funções vitais.
Quando ele não sabe bem como fazer isso, é ao nutricionisca que ele recorre.
É importante salientar que o Blog visa como caráter informativo e que para um tratamento adequado, é preciso consultar um nutricionista para um tratamento personalizado.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Resgatando a refeição compartilhada



Todos nós comemos, mas será que todos os momentos de alimentação podem ser hoje verdadeiramente chamados de refeição? 

As refeições são definidas como um conjunto de alimentos consumidos em um determinado horário, que pela sua constituição, forma de preparo e tipo de alimento constitui um momento característico do dia alimentar.  Comer em pé, caminhando, dentro do carro, em frente ao computador preencheriam estes requisitos?


Além da forma do comer, outro ponto importante para caracterizar as refeições seria o fato de fazê-las em conjunto, pois comer é desde sempre uma atividade social, que une e congrega as pessoas.


No entanto, segundo estudos, somos hoje comedores solitários por conta da dissolução dos rituais que envolvem o ato de comer. Os afetos que permeavam as refeições em família e entre amigos foram substituídos pela companhia da TV, livro, computador, videogame...

Os estudos sobre alimentação não se debruçam sobre esta questão; é a área de humanas que costuma discutir mais estas mudanças. Não sabemos exatamente como estão os padrões de refeição no Brasil; os estudos nutricionais falam apenas de energia, nutrientes e alimentos. Mas sabemos que, comemos muito mais fora de casa, que temos rotinas muito mais apertadas, que as mulheres foram ao mercado de trabalho e acumulam jornadas múltiplas em casa que transformaram os hábitos alimentares.

Mas será que tudo isto importa?

Acredita-se que sim, já que como humanos, não comemos apenas por razões biológicas e sim também sociais e emocionais. Cortela (1991) lembra que houve um tempo em que as pessoas almoçavam com suas famílias, em casa; mas que “evoluímos” e passaram a comer fora de casa, com colegas de trabalho. Depois “evoluímos” ainda mais para comer fora de casa sem os colegas de trabalho. E continuamos “evoluindo” porque agora comemos de pé em um balcão, em 15 minutos, olhando para uma parede e às vezes comendo com as mãos – retornando aos primeiros estágios da evolução! Onde será que vamos parar?

E para saúde? Faz diferença?

Sim, também. Estudos internacionais se debruçaram sobre a avaliação do impacto das refeições em família na vida de adolescentes. Refeições em família são definidas como situações em que a família se senta junto e foca sua atenção na experiência comum de aproveitar a refeição, preferencialmente, tendo uma conversação ao mesmo tempo.

Está demonstrado que comer em família esteve associado a uma série de medidas positivas de saúde e comportamento para adolescentes; ou seja, quanto mais frequentemente eles faziam refeições em família, menor foi o consumo de álcool, cigarro e drogas; melhores os hábitos alimentares (mais frutas, vegetais e grãos; mais cálcio, ferro, ácido fólico e outras vitaminas e minerais e menos refrigerante); menor o índice de massa corpórea (IMC); e menor a frequência de comportamentos extremos para controle de peso.

Profissionais de saúde deveriam estudar nutrição dentro do contexto das refeições e avaliar as refeições em família, implementando programas de educação nutricional incluam o tópico do poder de compartilhar refeições.

Fonte: Meu Nutricionista

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