Um estudo da Universidade de Pittsburgh, nos EUA, mostra que pacientes obesos que se submeteram à cirurgia de redução de estômago correm mais risco de abuso e dependência de álcool no segundo ano após a operação.
O resultado será publicado na edição desta quarta-feira (20) da revista "Journal of the American Medical Association" (Jama), mas foi antecipado na internet por conta do encontro anual da Sociedade Americana de Cirurgia Bariátrica e Metabólica.
Segundo os autores, a probabilidade é maior entre as pessoas que optaram pelos métodos gastrectomia vertical (sleeve) e gastroplastia com desvio intestinal em Y de Roux, também chamada de bypass gástrico, o tipo mais popular dessa cirurgia no mundo e responsável por 70% do total analisado na pesquisa.
O trabalho avaliou 2.458 adultos submetidos à operação bariátrica entre 2006 e 2011 em dez hospitais americanos. Quase 80% eram mulheres, 87% de cor branca, com idade média de 47 anos e índice de massa corporal (IMC) de 45,8.
Foi usado o Teste de Identificação de Transtornos por Uso de Álcool, que verifica sintomas de dependência e prejuízos, com uma pontuação igual ou superior a oito. O grupo de maior risco foram pacientes jovens do sexo masculino, fumantes, consumidores regulares de álcool e usuários recreativos de drogas.
Os pesquisadores descobriram que a prevalência de sinais não diferiu muito entre um ano antes e um depois da cirurgia (7,6% e 7,3%, respectivamente), mas foi maior (9,6%) no segundo ano de pós-operatório.
Embora o aumento na prevalência seja de 2 pontos percentuais, pode representar mais de 2 mil americanos com potenciais problemas de álcool e necessidade de acompanhamento pessoal, financeiro e social.
Novos trabalhos devem examinar os efeitos a longo prazo da cirurgia bariátrica em relação ao abuso de álcool e a relação desse transtorno com o controle de peso no pós-operatório.
Fonte: Meu Nutricionista
Nenhum comentário:
Postar um comentário