Nutrição é um processo biológico em que o homem, utilizando-se de alimentos, assimila nutrientes para a realização de suas funções vitais.
Quando ele não sabe bem como fazer isso, é ao nutricionisca que ele recorre.
É importante salientar que o Blog visa como caráter informativo e que para um tratamento adequado, é preciso consultar um nutricionista para um tratamento personalizado.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Balão intragástrico reduz apetite e só é eficiente com mudança de hábitos


Emagrecer é um desejo da maioria das pessoas. Mas, quando esse desejo envolve a saúde, a necessidade é ainda maior. Algumas pessoas tentam perder peso com tratamentos clínicos, acompanhamento de especialistas como nutricionistas, preparadores físicos e psicólogos, mas mesmo assim, não conseguem.
 
Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, o excesso de peso e a obesidade aumentaram nos últimos seis anos. A proporção de pessoas acima do peso avançou de 42,7%, em 2006, para 48,5%, em 2011. No mesmo período, o percentual de obesos subiu de 11,4% para 15,8%.
 
Nesses casos de super obesidade, as pessoas recorrem à colocação do balão intragástrico, um procedimento que reduz a capacidade do estômago pela metade e provoca a perda de apetite e a saciedade, auxiliando no emagrecimento. Mas é importante se consultar com um médico que avalie o caso para recomendar ou não o uso do balão. O endoscopista Eduardo Hourneaux de Moura alerta que o balão é apenas um tratamento temporário, não é definitivo.
 
Segundo o endocrinologista Alfredo Halpern, o balão é apenas um estímulo para e emagrecimento e é importante manter uma alimentação equilibrada e se consultar com especialistas mesmo após colocar o balão. 

De 100 pacientes que colocam, 75 conseguem cumprir a meta mínima, que é perder 10% do peso. Mas, dos pacientes que conseguem emagrecer, 47% recupera o peso após um ano da retirada do balão.
 
Ou seja, não adianta recorrer ao procedimento se, paralelamente, os hábitos não forem alterados.
 
A colocação é apenas um tratamento auxiliar, não uma cirurgia, e deve ser temporária, ou seja, o balão permanece no estômago por seis meses. Além disso, ele não provoca nenhuma mudança metabólica.
 
Saiba como é a colocação de um balão intragástrico
  
 
 Estudos mostram que, diferente da cirurgia bariátrica, o balão tem eficácia limitada e não provoca mudanças fisiológicas e hormonais capazes de controlar as doenças associadas à obesidade, como diabetes.
 
Apesar de ser mais recomendado para pessoas com o Indíce de Massa Corpórea (IMC) acima de 50, também podem fazer o procedimento super obesos que precisam fazer uma cirurgia, mas correm alto risco. O uso do balão geralmente serve como um pré-operatório, para reduzir risco anestésico, cirúrgico e clínico. 

Segundo o endoscopista Eduardo Hourneaux de Moura, quando o paciente não tem o IMC acima de 50, é de responsabilidade do médico avaliar a necessidade da colocação do balão intragástrico, mesmo que essa não seja a recomendação do Conselho Federal de Medicina.
 
Ainda de acordo com o gastroenterologista, pessoas com IMC entre 30 e 35 também podem colocar o balão, desde que tenham alguma doença relacionada à obesidade, como hipertensão, diabetes e problemas articulares.
 
A maior parte dos pacientes coloca o balão para diminuir peso e fazer a cirurgia bariátrica.
 
O balão intragástrico é feito de silicone e o volume de soro que ele armazena varia entre 400 ml e 700 ml. Com o paciente anestesiado ou sedado, ele é colocado através da endoscopia: entra vazio pela boca, passa pelo esôfago e chega ao estômago.
 
O balão é insuflado através de um conector, que injeta soro fisiológico com azul de metileno para identificar quando ele se rompe. Quando isso acontece, a urina sai azul ou esverdeada, indicando que houve um problema.
 
Quando o balão esvazia espontaneamente, é como se fosse um pneu de carro que fura e murcha lentamente, não é como uma bexiga que estoura. Nestes casos, ele deve ser retirado. Para ser retirado, também é feita a endoscopia: é feita uma pequena perfuração no balão, é aspirado o líquido e ele é removido.
 
Nos primeiros dias após a colocação do balão, o paciente pode sentir náusea, vômito e cólica. Isso ocorre porque o corpo tenta expelir o balão. As náuseas são comuns porque o balão aumenta o volume de suco gástrico no estômago na tentativa de colocá-lo para fora.
 
Os médicos afirmam que o procedimento não é coberto pelo SUS e custa em torno de dez mil reais.

A dieta diária para quem coloca o balão intragástrico varia de 850 a 1200 calorias.
 
Não é possível quantificar somente uma refeição, pois vai depender da forma como o paciente consegue ingerir. O importante é que a pessoa hidrate-se ao longo do dia.
 
O paciente mantém uma dieta líquida nos primeiro 21 dias após a colocação do balão. Nessa fase só é permitido tomar isotônicos, água de coco, picolé de frutas e chá. Após este período, são acrescentados alimentos mais cremosos, como sopas. Depois de 30 dias, o paciente começa a ingerir alimentos sólidos, mas numa quantidade muito pequena. 

O Conselho Federal de Medicina (CFM) diz que é proibido qualquer anúncio de procedimentos em jornais. Porém, a punição ao médico só ocorre se o CFM for comunicado.
 
Isso pode ocorrer de três formas: através de denúncia, matéria publicada na imprensa ou quando um paciente que teve problema em decorrência do procedimento entra com ação contra o médico. A partir disso, o CFM abre sindicância para apurar o caso. O médico pode ser simplesmente advertido ou até cassado.

Fonte: Meu Nutricionista

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