Uma pesquisa da Universidade de Newcastle publicada no "British Journal of Nutrition" concluiu que os alimentos orgânicos têm um nível de antioxidantes “substancialmente maior” e apresentam menores níveis de metais tóxicos e de pesticidas que os cultivados em métodos convencionais, usando fertilizantes químicos.
Elaborado a partir de 343 análises e trabalhos prévios, o estudo rebate parcialmente uma investigação da Universidade de Stanford realizada há dois anos, que chegou à conclusão de que os produtos orgânicos não eram necessariamente mais nutritivos ou benéficos para a saúde.
Para a equipe internacional da Universidade de Newcastle, no entanto, há “diferenças estatisticamente significativas” a favor dos produtos orgânicos, que contêm de 19% a 69% a mais de antioxidantes que as verduras e frutas convencionais. A presença de antioxidantes em verduras como brócolis e couve, ou em frutas como as uvas, contribuem notavelmente para a prevenção de doenças degenerativas e cardiovasculares.
O resultado do estudo apontou que trocar verduras convencionais por outras cultivadas com métodos ecológicos equivaleria a adicionar uma ou duas porções em cinco recomendadas por dia pelos nutricionistas para se ter uma dieta saudável.
Vários cientistas têm questionado as conclusões da pesquisa por ela ter sido financiada pela ONG Sheepdorve Trust (voltada ao apoiar iniciativas que aumentem a sustentabilidade, a biodiversidade e a agricultura orgânica) e pela União Europeia, além de ter sido dirigida pelo professor de Agricultura Ecológica, Carlo Leifert.
Após a crise econômica e as consequências dos estudos de opinião pública sobre a agricultura biológica, os resultados da pesquisa são positivos para o consumo de produtos orgânicos no Reino Unido.
De acordo com Helen Browning, diretora executiva da Soil Association, referência mundial em agricultura orgânica, estamos diante “uma investigação crucial que rebato o mito de que os métodos de cultivos não afetam a qualidade dos alimentos que comemos”.
A Soil Association levantou ainda que 55% dos consumidores britânicos compram orgânico por razões de saúde, frente a 53% que querem evitar produtos químicos, 44% que expressam sua preocupação pelo meio ambiente, 35% que afirmam que "sabem melhor" e 31% que o fazem pensando no "bom trato aos animais".
Fonte: INGR
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