Um estudo publicado no dia 8 de julho sugere que a asma pode ser causada, em parte, pelo excesso de peso na infância. Segundo os autores da pesquisa, é possível que a atual epidemia de obesidade infantil ajude a explicar o aumento da prevalência de asma nos últimos anos. A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia estima que 20 milhões de brasileiros sejam asmáticos.
A nova pesquisa, realizada na Universidade de Bristol, Grã-Bretanha, analisou a relação do índice de massa corporal (IMC) de 4.835 crianças de sete anos, em média, com a prevalência de asma. Os autores também observaram o DNA dessas crianças, procurando especificamente por 32 variações genéticas associadas à doença.
As conclusões, publicadas no periódico Plos Medicine, indicaram que quanto maior o IMC da criança, mais elevado o risco de ela ter asma. Cada ponto a mais no IMC considerado como ideal para crianças (ou seja, de até 25), por exemplo, foi associado a uma chance 55% maior da doença. O estudo também descobriu uma forte relação entre IMC elevado, maior risco de asma e mais variações genéticas associadas à doença.
A pesquisa, no entanto, não identificou de que forma a obesidade pode levar à asma. Mesmo assim, os autores sugerem que intervenções na saúde pública para combater a obesidade podem ajudar a conter os crescentes casos de asma no mundo. “Influências do ambiente no desenvolvimento da asma na infância têm sido um assunto amplamente estudado em pesquisas epidemiológicas, mas poucos fornecem evidências de causalidade”, escreveram os pesquisadores no artigo.
Fonte: INGR
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