O medicamento pode ser um aliado, mas não a única opção no tratamento da obesidade
No último dia 27 de maio a Anvisa decidiu manter o comércio de medicamentos a base sibutramina no Brasil, depois de monitorar a substância durante um ano. Nesse período, a área técnica da agência realizou estudos sobre os riscos do medicamento para a saúde.
O relatório confirmou que o número de efeitos adversos está dentro do limite permitido e não houve abuso da prescrição, por isso decidiu não proibir sua comercialização, mas regras para o uso da sibutramina permanecem as mesmas adotadas em outubro de 2011.
Naquele ano, a Agência publicou regulamento que aumentou o controle sobre a sibutramina. A validade da receita foi reduzida de 60 para 30 dias, consumidor e médico devem assinar um termo de responsabilidade, apresentado junto com a receita na hora de efetuar a compra.
Essa decisão vale por dois anos, quando deve ser divulgado um novo relatório.
A utilização da substância pode ajudar no processo de emagrecimento de pacientes com IMC maior de 30kg/m², que não obtiveram sucesso somente com a reeducação alimentar e a prática de exercícios. Por ajudar no controle da fome, ela pode dar o pontapé e incentivo iniciais no tratamento.
Mas ela não é indicada para todos os casos. Ela é contraindicada para pessoas com IMC menor de 30kg/m², pessoas com histórico de diabetes Mellitus tipo 2 com outro fator de risco (hipertensão, dislipidemia, tabagismo), com histórico de doença arterial coronariana, hipertensão não controlada, maiores de 65 anos, crianças e adolescentes. E o prazo máximo de utilização do remédio é de dois anos.
Além disso, a sibutramina não deve ser utilizada como único tratamento contra a obesidade, ela deve ser acompanhada de um programa de reeducação alimentar e da prática regular de atividade física.
A mudança de hábitos é importantíssima, principalmente para o "pós tratamento". A sibutramina aumenta o efeito da serotonina e dopamina no cérebro, estimulando o centro da saciedade, consequentemente reduzindo a ingestão de alimentos, e aumentando o gasto calórico. Ou seja, a pessoa come menos porque sente menos fome.
Quando deixa de tomar o medicamento esses "efeitos milagrosos" desaparecem e o paciente volta a consumir as quantidades anteriores ao tratamento. Também ocorre a diminuição do gasto calórico, inclusive para menos do que era antes de consumir a substância. Assim, a tendência é a pessoa ganhar ainda mais peso.
Fonte: Mais Equilíbrio
Nenhum comentário:
Postar um comentário