Mais de 50% dos idosos brasileiros têm falta de vitamina D, concluiu uma pesquisa do Delboni Medicina Diagnóstica divulgada nesta segunda-feira (17). A análise usou como amostra os 2.735 exames feitos entre os dias 20 de junho e dez de setembro de 2012, com pacientes acima de 60 anos. A pesquisa detectou que 53,6% das mulheres e 53,4% dos homens têm necessidade de reposição desta vitamina.
De acordo com a responsável pela pesquisa, a endocrinologista Myrna Campagnoli, os valores de referência usados em exames de vitamina D são:
-deficiência para menos de 20 ng/mL
-insuficiência para 20 a 30 ng/mL
-normal ou suficiência para 30 a 100 ng/mL
-hipervitaminose (excesso) para acima de 100 ng/mL
-deficiência para menos de 20 ng/mL
-insuficiência para 20 a 30 ng/mL
-normal ou suficiência para 30 a 100 ng/mL
-hipervitaminose (excesso) para acima de 100 ng/mL
Entre as pacientes, 24% apresentou deficiência, 30,3% insuficiência, 44,8% suficiência e 0,6% hipervitaminose. Já no público masculino, 21,4% apresentou deficiência, 32% insuficiência, 46,3% suficiência e 0,3% hipervitaminose. A especialista afirma que os idosos que apresentam falta de vitamina devem iniciar um tratamento com reposição da vitamina por meio de remédios, além de incluir pelo menos 15 minutos de banho de sol na rotina diária.
Segundo a especialista, a vitamina D, por meio das ações no intestino, rim, osso e glândulas paratiroides, é um hormônio fundamental para o desenvolvimento de um esqueleto saudável. Ela é formada na pele pela ação dos raios solares ou obtida por meio de alimentos como leite e derivados, óleo de fígado de bacalhau, peixes e camarões.
A deficiência de vitamina D, que é bastante comum em idosos, tem sido relacionada a um aumento da incidência de quedas, diminuição da força muscular e deterioração do equilíbrio, devido a uma oscilação do corpo na postura ereta. “As pesquisas têm indicado que a suplementação associada de cálcio e vitamina D em idosos deficientes contribui para melhorar aspectos da função neuromuscular”, diz.
A eficiência de vitamina D é considerada um dos principais determinantes da osteoporose senil. “Estudos também têm mostrado uma relação entre o diabetes e a falta de vitamina D”, afirma Myrna.
Fonte: Instituto de Nutrição Geralda Rodrigues
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