O avanço tecnológico sem dúvida nos traz muitas vantagens, mas quando falamos em avanço aplicado a indústria de alimentos, também vejo muitas desvantagens, além de muita falta de informação. São inúmeros os alimentos industrializados que contém aditivos alimentares (qualquer substância que não é usualmente consumida como alimento, nem utilizada como ingrediente básicos em alimentos, podendo ter ou não valor nutritivo, onde sua principal adição se dá por motivos diversos, como dar sabor, cor, odor, conservar os alimentos industrializados, etc.).
A fim de estabelecer uma quantidade aceitável (IDAs), a OMS (Organização Mundial de Saúde), determinou valores máximos a serem seguidos. No entanto, é crescente o número de estudos que apontam diversas reações agudas e/ou crônicas a estes aditivos alimentares. Muitos dos sintomas são tratados como comuns no dia-dia. Os sintomas costumam aparecer a longo prazo. Os principais consumidores desse grupo de alimentos são as crianças, população mais suscetível a reações adversas, devido a imaturidade fisiológica.
Apesar de não ser recomendada a utilização intencional de aditivos em alimentos destinados a crianças menores de um ano, vários produtos são encontrados nos mercados. Os mais consumidos são: gelatinas, iogurtes, refrigerantes, biscoitos, balas, macarrão instantâneo, salgadinhos, sucos, sorvetes, bolos, coberturas, achocolatados, entre outros.
Os sintomas mais comuns são:
- Sobrepeso ou obesidade;
- Asma
- Urticárias
- Câncer (principalmente de esôfago, estômago, cólon, reto, mama e ovário). São muitos os fatores relacionados a neoplasias malignas como: bebidas alcoólicas, tabaco, dietas rica em gorduras trans e saturadas, nitritos, nitratos, baixa ingestão de fibras, agrotóxicos e dentre os corantes artificiais (a eritrosina e a tartrazina são que apresentam maior incidência).
- Déficit de atenção (Def. da APA. dificuldades de atenção), em 50% dos casos os sintomas permanecem após adulto, apresentando grande impacto na qualidade de vida.
- Hiperatividade (Def. da OMS, “…início precoce; uma combinação de comportamento hiperativo e pobremente modulado, com desatenção marcante e falta de envolvimento persistente nas tarefas; conduta evasiva nas situações; e persistência no tempo dessas características de comportamento“). Cerca de 30% a 50% das crianças que excluem os aditivos dos hábitos alimentares, apresentam melhoras significativas no comportamento hiperativo e no déficit de atenção.
- Hipersensibilidade alimentar (urticária, broncoespasmo, rinite e angioedema, reações anafilactódides, agioedemas, vasculite, entre outros). Geralmente estão associadas a sensibilização intra-uterina, alimentos alergênicos, tabagismo e aditivos alimentares principalmente na gestação, lactação e nos primeiros anos de vida da criança. Dentre os corantes, o mais associado é o corante amarelo tartrazina que é encontrado em inúmeros alimentos.
- Alteração na produção de espermatozóides. Em estudos com camundongos o corante eritrosina apontou redução significativa da atividade testicular e produção de espermatozóides.
De acordo com um estudo realizado no Kuwait, de nove, quatro corantes permitidos (vermelho brilhante, amarelo crepúsculo, artrazina, e a carmosina ) são encontrados em quantidades superiores ao recomendável.
A partir de uma técnica de cromatografia, estudos encontraram quantidades de corantes superiores as quantidades descritas no rótulo e além de tudo acima das quantidades permitidas por lei. Dentre os produtos analisados, os piores resultados foram encontrados nas bebidas não alcoólicas. Outros produtos, não descreveram a presença de corantes em sua rotulagem. Além de se configurar uma fraude, ainda há o risco de estas substâncias provocarem reações adversas como alergias.
Vale destacar que todos os produtos e medicamentos devem informar a presença de corantes devido aos efeitos adversos.
Caso seu filho ou você apresentem os sintomas descritos, procure um nutricionista para melhor orientação.
Fonte: A Nutricionista
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