Nutrição é um processo biológico em que o homem, utilizando-se de alimentos, assimila nutrientes para a realização de suas funções vitais.
Quando ele não sabe bem como fazer isso, é ao nutricionisca que ele recorre.
É importante salientar que o Blog visa como caráter informativo e que para um tratamento adequado, é preciso consultar um nutricionista para um tratamento personalizado.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Nutrientes imunomoduladores: o que são?


Os nutrientes imunomoduladores são aqueles que têm ação de modular o sistema imunológico, melhorando assim o nosso mecanismo de defesa. Esses nutrientes também são chamados de imunonutrientes.
A ação farmacológica dos imunonutrientes têm sido muito estudada e os resultados são bastante promissores, principalmente em pacientes críticos e em indivíduos que passaram por procedimentos cirúrgicos, pois estes encontram-se em um estado de hipercatabolismo e hipermetabolismo (ou seja, possuem um consumo aumentado de nutrientes). Nestes casos os imunonutrientes atuam na melhora do sistema imunológico, modulando o metabolismo e diminuindo o processo inflamatório, reduzindo assim o índice de complicações no pós-cirúrgico.
O estudo dos efeitos farmacológicos dos imunonutrientes motivaram a formulação de dietas enterais e parenterais contendo nutrientes imunomoduladores como a arginina, glutamina, ácidos graxos ômega 3 e nucleotídeos. Então, vamos conhecer os benefícios de cada um desses imunonutrientes?
A glutamina é um aminoácido essencial dos mais abundantes na corrente sanguínea e na musculatura do nosso organismo representando 60% dos aminoácidos livres em nosso corpo. É reconhecido com importante fonte de energia para os enterócitos (células do intestino) e também pela sua importante ação no sistema imunológico. É um nutriente consumido por células de replicação rápida e em processos de injúria, ou estresse, onde as necessidades nutricionais encontram-se aumentadas. Além disso, regula o balanço nitrogenado prevenindo o catabolismo. Outras funções da glutamina: importante fonte de energia para a gliconeogênese; transporta entre os órgãos átomos de carbono e nitrogênio; e é precursor de nucleotídeos (que também são considerados imunonutrientes, veremos mais a diante).
  • Fontes Alimentares de Glutamina: carne, ovos, derivados de leite e da soja.
A L-arginina é um aminoácido não essencial precursor do óxido nítrico, que atua melhorando vasodilatação, sendo, portanto, interessante no tratamento de pacientes com doenças cardiovasculares. Mas é preciso ter cuidado na dose, pois quando em excesso a arginina pode ter efeito contrário e promover uma vasoconstrição, e consequentemente elevação da pressão arterial. Também atua favorecendo cicatrização de feridas, melhorando o sistema imunológico, estimulando liberação de hormônios (glucagon, catecolaminas, insulina, hormônio do crescimento e prolactina). Em homens, a arginina melhora processo de ereção naqueles com disfunção sexual. Também auxilia na recuperação pós-exercício, é importante em processos traumáticos como queimaduras e procedimentos cirúrgicos, melhorando a imunidade e auxiliando na restauração orgânica e no processo de cicatrização. É considerada construtora muscular por conta de seu potencial em estimular a liberação do Hormônio de crescimento (GH) e por estar envolvida na utilização de aminoácidos no processo anabolismo muscular.
  • Fontes Alimentares de Arginina: carnes, leites, ovos, queijos, alho, ervilhas e grãos.
Nucleotídeos são as unidades estruturais do DNA e do RNA que têm função de melhorar a cicatrização e o sistema imunológico. Também participam da formação de ATP, influenciando, assim, nos processos metabólicos. São dificilmente encontrados em fontes alimentares, estando disponível somente em suplementos alimentares ou fórmulas infantis.
Já o ômega 3 é um ácido graxo essencial para o nosso organismos,  encontrado em peixes, linhaça, castanhas e em óleos vegetais (exceto o óleo de coco – fonte de TCM). Atua modulando o processo inflamatório do paciente crítico, além de fazer parte da membrana celular e auxiliar no transporte de vitaminas lipossolúveis. Porém é preciso ter cuidado, pois quando em excesso pode causar hemorragias e ter um efeito imunossupressor.
Vitaminas antioxidantes como a vitamina A, E e C também são importantes para a modulação do sistema imunológico.
  • Vitamina A = importante para a manutenção da estrutura e integridade de células epiteliais e necessária para a resposta imunológica de linfócitos B e T;
  • Vitamina C = melhora a resposta imunológica e sua deficiência está associada a imunodepressão;
  • Vitamina E = componente de membranas, mucosa e tecido epitelial sendo importante para a manutenção da integridade de tecidos, e seu déficit está associado à diminuição da resposta imunológica e de hipersensibilidade.
Estudos já demonstraram que pacientes críticos em uso de dietas imunomoduladoras têm uma recuperação mais rápida, representando um menor tempo de internamento. Essa prática pode ser extrapolada para a clínica quando o pacientes estiver em período de acompanhamento para recuperação do estado nutricional ou em pacientes imunodeprimidos.
Mas lembre-se, somente seu médico ou nutricionista sabe qual a dose recomendada para você. Sendo assim, não use nenhum suplemento sem antes ser avaliado por um profissional habilitado.
Fonte: A Nutricionista

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