Muitas mães se sentem inseguras ao se deparem com o momento de iniciar a alimentação complementar ao aleitamento materno. Muitas informações confusas e controversas existem no imaginário popular que acabam conturbando este momento. Porém não há mistérios, uma orientação segura de profissionais de saúde como o médico pediatra, enfermeiro e principalmente do nutricionista auxiliam nesta transição não comprometendo o estado nutricional e o crescimento da criança.
Primeiramente é importante destacar que após os seis meses deve ser mantido o leite materno até os dois anos de idade, oferecendo de forma lenta e gradual outros alimentos.
A alimentação complementar deve ser oferecida sem rigidez de horários, respeitando-se sempre a vontade da criança, oferecendo três vezes ao dia se a criança receber leite materno e cinco vezes ao dia se estiver desmamada.
É importante lembrar que a alimentação complementar deve ser espessa desde o início, e deve utilizar uma colher; começar com consistência pastosa (papas / purês), e gradativamente aumentar a sua consistência até chegar à alimentação da família.
Para iniciar os bons hábitos alimentares deve ofertar à criança diferentes alimentos ao dia. Uma alimentação variada é uma alimentação colorida, diversificada e saborosa. O consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeições também é importante para o inicio de uma educação nutricional, além de garantir os nutrientes necessários como vitaminas e minerais.
A mistura cotidiana de arroz com feijão é muito rica uma vez que fornece proteínas de excelente qualidade, comparável com as da carne, porém a oferta de carne e outros alimentos como leite, queijo, ovos e iogurte, também são importantes fonte de proteína de alto valor biológico.
Entretanto é comum de ocorrer entre as crianças pouco apetite, conhecido como anorexia, principalmente se estiver com quadro febril, diarréia, infecções respiratórias ou outro quadro que deixe a criança prostrada. Desta maneira é importante manter o estimulo a alimentação, mesmo se que a criança estiver doente ou se recuperando de um quadro debilitado, oferecendo sua alimentação de rotina e seus alimentos preferidos, respeitando a sua aceitação.
Saiba também que a criança pequena come quando sente fome, porém, mais tarde, na idade escolar, o ato de se alimentar fica mais complexo. Há um aumento nas escolhas do que será consumido que envolve fatores fisiológicos, psicológicos, sociais e culturais. Em geral, as crianças tendem a rejeitar alimentos que não lhe são familiares, Contudo, com exposições freqüentes, os alimentos novos passam a ser aceitos. Orienta-se que são necessárias de oito a dez exposições a um novo alimento para que ele seja aceito pela criança. Muitos pais, talvez por falta de informação, não entendem esse comportamento como sendo normal de uma criança e interpretam a rejeição inicial pelo alimento como uma aversão permanente ao mesmo, desistindo de oferecê-lo à criança.
Entre os pais as dúvidas e os mitos são diversos, espero ter contribuído para esclarecer com informações sobre alimentação complementar. Na infância pequenas variações no hábito alimentar ou no estado de saúde podem refletir no estado nutricional da criança, por isso o acompanhamento com o nutricionista é essencial. Mantenha o acompanhamento, seguindo as orientações e com visitas freqüentes para assim ter um maior controle do ganho de peso e crescimento da criança.
Fonte: A Nutricionista
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