Nutrição é um processo biológico em que o homem, utilizando-se de alimentos, assimila nutrientes para a realização de suas funções vitais.
Quando ele não sabe bem como fazer isso, é ao nutricionisca que ele recorre.
É importante salientar que o Blog visa como caráter informativo e que para um tratamento adequado, é preciso consultar um nutricionista para um tratamento personalizado.

sábado, 11 de junho de 2011

Doença renal e alimentação


As pessoas que, por qualquer motivo, perderam a função renal e irreparavelmente atingiram a fase terminal da doença renal, podem atualmente ser tratadas sob alguns métodos que realizam a função renal, sendo estes a diálise peritoneal, a hemodiálise e o transplante renal.


A diálise é um processo artificial que serve para retirar, por filtração, todas as substâncias indesejáveis acumuladas pela insuficiência renal crônica. Isto pode ser feito usando a membrana filtrante do rim artificial e/ou da membrana peritoneal. Na hemodiálise, é usada uma membrana dialisadora, formada por um conjunto de tubos finos, chamados de filtros capilares, no qual o sangue passa pelo filtro capilar, sendo retiradas do sangue substâncias que quando em excesso trazem prejuízos ao corpo, como a uréia, potássio, sódio e água.


Deste modo, a população que necessita destes cuidados, precisa atentar em relação a sua alimentação a qual faz parte do tratamento. Estudos recentes evidenciam que fabricantes de alimentos comumente adicionam sais de fosfato em seus produtos, uma vez que estes podem agir como conservante para prolongar a vida de prateleira. No entanto, este fósforo adicionado representa um problema para pacientes em diálise e seus cuidadores, porque é difícil quantificar a quantidade de fósforo na dieta de um paciente. De acordo com o estudo, o fósforo adicionado afeta as escolhas alimentares deste grupo, havendo necessidade de atualizar as informações para os pacientes renais com restrições alimentares.


Outra pesquisa evidencia que pacientes que necessitam de hemodiálise apresentam sinais de inflamação crônica e diminuição do apetite, sendo estes fatores associados a um pior estado clínico e risco de mortalidade. De acordo com o estudo, o óleo de peixe possui propriedades anti-inflamatórias e pode ser útil no tratamento terapêutico, havendo porém, evidências limitadas para indicar sua utilização em pacientes em diálise. O estudo teve por objetivo comparar o efeito de suplementação com 3 gramas de óleo de peixe sobre os marcadores do apetite e da inflamação no estudo homens e mulheres em hemodiálise, totalziando 28 pacientes. Os resultados obtidos demonstraram tendências significativas para a melhoria subjetivas do apetite e de certos marcadores inflamatórios (embora nenhuma mudança no consumo alimentar) e este efeito foi mais pronunciado entre os homens. No entanto, os níveis de alguns marcadores inflamatórios aumentaram entre as mulheres e este fato requer um estudo mais aprofundado. O estudo foi de curta duração e os efeitos precisam ser confirmados em um estudo randomizado controlado.


Os dados dos estudos evidenciam a importância da alimentação e ingestão de nutrientes para os pacientes com problemas renais graves, sendo necessário o desenvolvimento de mais estudos e mais pesquisas para amelhoria do estado geral e nutricional destes pacientes.


Fonte: Nutrição em Pauta

Nenhum comentário:

Postar um comentário