O mais antigo registro sobre o uso desta bebida foi escrito por volta de 800 d.C. Séculos depois, foi o potencial medicinal da bebida que virou mania o responsável pelo atual boom do chá, especialmente nas versões “verde” ou “branco”. Assim vieram os estudos, na descoberta dos polifenóis, uma vez que o chá é rico em alguns desses compostos, em especial as catequinas.
Provenientes da mesma planta, a Camellia sinensis, os chás são divididos em quatro categorias, de acordo com a forma com que a planta é processada. O chá branco é obtido apenas pelo processo de secagem dos brotos, sem fermentação. O verde é feito com as folhas da planta, que são torradas imediatamente após a colheita, para que não ocorra a fermentação. No chá Oolong, as folhas já passam por uma parte do processo de fermentação, sendo considerado semifermentado. No chá preto, o processo de fermentação é realizado até o fim. O chá vermelho é apenas mais uma designação do chá preto, porém existe uma outra planta, Aspalanthus linearis, que é comercializada como chá vermelho apesar de não ser tecnicamente chá, já que não vem da Camellia sinensis.
O efeito cardioprotetor do chá está relacionado à ação de seus compostos fenólicos, que têm propriedades anti-inflamatórias, antitrombóticas e capacidade de diminuir as gorduras no sangue. Alguns estudos mostram que o consumo de três a seis xícaras de chá por dia reduz o risco de doença cardiovascular em 45%.
A atividade anticancerígena também tem sido observada em estudos com animais, porém, infelizmente ainda não há evidências, até o momento, sobre os benefícios reais para seres humanos.
O chá verde aumenta a oxidação de gorduras e o gasto calórico, o que contribui para a perda de peso e diminuição de massa gorda (efeito já verificado em seres humanos). Além de favorecer o emagrecimento, ajuda também a manter o peso adquirido após a perda
Na indústrias de cosméticos, estudos mostram algum benefício do uso tópico de extratos de chá verde e branco no aumento da proteção da pele contra os efeitos dos raios ultravioleta, porém o uso oral de suplementos com polifenóis de chá verde não mostrou resultados “antienvelhecimento”.
Há muita expectativa sobre as propriedades neuroprotetoras dos compostos do chá verde e sua possível ação nas patologias cognitivas e neurodegenerativas. Estudos com resultados positivos aumentam as esperanças de que o chá possa ter ação preventiva contra o Alzheimer, entretanto ainda não existe eficácia cientificamente comprovada para prevenir a doença.
No Brasil, o chá verde é comercializado principalmente acondicionados em saquinhos de papel de filtro (sachês), e estudos tem demonstrado que o chá brasileiro apresenta maior quantidade de compostos fenólicos quando comparado com chás de outros países, e tal fato é atribuído às características do clima e do solo.
Estudo realizado no Brasil, mostrou que para o total aproveitamento das propriedades antioxidantes, o chá verde deve ser preparado com tempo de infusão mínimo de 5 minutos (da folha ao invés de sachê) sob agitação leve.
Os princípios bioativos e as propriedades antioxidantes mostraram-se estáveis ao armazenamento em temperatura ambiente e em geladeira por 24 horas. Desta forma, o consumidor pode preparar o chá, mantê-lo em geladeira ou mesmo em temperatura ambiente e consumi-lo ao longo do dia.
Fonte: A Nutricionista
Nenhum comentário:
Postar um comentário