A melhora do desempenho no exercício físico tem sido muito discutida e trabalhada com diversos tipos de suplementos alimentares e esportivos. Mas uma coisa é fato! Sabe-se que a falta de carboidratos pode afetar o desempenho na prática de exercício físico, promovendo fadiga e diminuindo a potência muscular durante o esforço.
Mas, afinal de contas onde entram as FIBRAS?
As fibras são tipos de carboidratos que, apesar de não fornecerem energia ao organismo, contribuem para controlar a absorção de glicose, gorduras e síntese de colesterol (no caso das fibras solúveis), e para melhorar a função intestinal (no caso de fibras insolúveis).
Elas são classificadas como carboidratos complexos (polissacarídeos: compostos formados por até 3000 moléculas químicas de monossacarídeos) e são mais ricos em nutrientes em relação aos carboidratos simples (glicose, frutose, galactose, maltose, sacarose e lactose), pois fornecem vitaminas do complexo B, que são necessárias para o metabolismo energético.
Além disso, os carboidratos com cadeias maiores, como as FIBRAS, apresentam um índice glicêmico menor, o que significa que a energia é liberada para os tecidos de maneira mais lenta e constante.
O índice glicêmico indica a capacidade de tornar a glicose disponível no sangue. Quanto maior for o índice glicêmico do alimento, mais rapidamente a glicose chegará nos tecidos em forma de energia durante o exercício físico ou na fase de recuperação (logo depois do treino ou competição).
O glicogênio é a principal forma de armazenamento corporal de carboidrato (glicose), encontrado em quantidades limitadas no fígado e no músculo. Quando os estoques de glicogênio estão depletados, a contração muscular fica debilitada por falta de combustível (igual fadiga).
Para aumentar o armazenamento de glicogênio, o esportista ou atleta deve seguir uma dieta rica em carboidratos. É aí que entram as FIBRAS da dieta, pois o tipo de carboidratos e o horário do consumo são variáveis importantes que influenciam no resultado (mas sempre de acordo com a modalidade, a duração e o horário da prática esportiva).
Para isso, seguem abaixo instruções básicas:
- Alimentos com Índice Glicêmico Alto (>60): entram rapidamente na corrente sanguínea – é melhor consumi-los durante ou logo após o exercício, para repor o glicogênio.
Exemplos de alimentos: bebidas esportivas, batata, mel, pão branco.
- Alimentos com Índice Glicêmico Moderado (40 a 60) e Baixo (<40): entram lentamente na corrente sanguínea – é melhor consumi-los antes do exercício, por agirem de forma preventiva mantendo o nível de glicose sanguínea e evitando a hipoglicemia.
Exemplos de alimentos: FIBRAS – cereais integrais (aveia, pão integral, farelo de trigo etc.), biscoitos, mingau, banana, maçã, iogurte, leite.
Portanto, para alcançar o resultado desejado, seja por objetivos estéticos, competitivos ou para melhor qualidade de vida, o esportista ou atleta deve seguir uma alimentação balanceada e adequada às suas necessidades, antes (para níveis iniciais de energia), durante (para manter as reservas energéticas do fígado e dos músculos) e após (para recuperar as reservas) o exercício físico. E deve ser adequada não somente em carboidratos, proteínas e gorduras, mas também em vitaminas e minerais, para garantir a melhora da performance, resistência e evitar fadiga muscular.
Fonte: A Nutricionista
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