O Food and Drug Administration, dos EUA, aprovou hoje o Belviq (cloridrato de lorcaserin) para tratamento da obesidade, como um complemento a uma dieta hipocalórica associada à prática regular de atividades físicas.
O novo medicamento foi aprovado para uso em adultos com um índice de massa corporal (IMC) igual ou superior a 30 kg/m² (obesos) ou em adultos com um IMC igual ou superior a 27 kg/m² (sobrepeso) e que têm pelo menos uma condição relacionada, tais como hipertensão arterial, diabetes mellitus tipo 2 ou colesterol alto (dislipidemia).
A aprovação do Belviq (cloridrato de lorcaserin), utilizado de forma responsável em combinação com uma dieta e um estilo de vida saudáveis, oferece uma opção de tratamento para os americanos que são obesos ou estão acima do peso e têm pelo menos uma comorbidade relacionada ao ganho de peso.
O Belviq funciona através da ativação do receptor da serotonina 2C no cérebro. A ativação deste receptor pode ajudar uma pessoa a comer menos e se sentir satisfeita depois de comer pequenas quantidades de alimentos.
A segurança e a eficácia de Belviq foram avaliadas em três estudos clínicos controlados por placebo, que incluíram cerca de 8.000 pacientes obesos e com sobrepeso, com e sem diabetes tipo 2, acompanhados por 52 a 104 semanas. Todos os participantes receberam modificação de estilo de vida que consistia em uma dieta hipocalórica e aconselhamento sobre a prática de atividades físicas. Comparado ao placebo, o tratamento com Belviq foi associado à perda de peso média variando de 3% a 3,7%.
Belviq não deve ser utilizado durante a gravidez. O tratamento com esta nova medicação pode causar efeitos secundários graves, incluindo síndrome serotoninérgica, em particular quando usado com determinados medicamentos que aumentam os níveis de serotonina ou ativam os receptores de serotonina. Estes incluem, mas não estão limitados a, fármacos normalmente utilizados para tratar a depressão e a enxaqueca. Belviq também pode causar distúrbios de atenção ou de memória.
Em 1997, os medicamentos para perda de peso como a fenfluramina e a dexfenfluramina foram retirados do mercado depois que surgiram evidências de que eles causavam danos em válvulas cardíacas. Este efeito parece estar relacionado com a ativação do receptor da serotonina 2B em tecidos do coração. Quando utilizado na dose aprovada de 10 miligramas, duas vezes por dia, Belviq não parece ativar o receptor de serotonina 2B.
Os efeitos secundários mais comuns do Belviq em pacientes não-diabéticos são tontura, cefaleia, fadiga, náuseas, boca seca e constipação, e em pacientes diabéticos são hipoglicemia, dor de cabeça, dor nas costas, tosse e fadiga.
Belviq é fabricado pela Arena Pharmaceuticals e distribuído pela Eisai Inc.
Fonte: FDA News Release
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