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segunda-feira, 23 de julho de 2012

Solidão associada à hipertensão em idosos


A solidão é um importante fator de risco para o aumento de pressão sangüínea em americanos mais velhos e pode aumentar o risco de morte por derrame e doença cardíaca, segundo nova pesquisa da University of Chicago.

Pesquisadores descobriram que pessoas solitárias têm leituras de pressão sangüínea até 30% maior do que pessoas não-solitárias, mesmo quando outros fatores tais como sintomas depressivos ou estresse são considerados, disse Louise Hawkley, cientista do Center for Cognitive and Social Neuroscience, na University of Chicago, e John Cacioppo, do Tiffany & Margaret Blake Distinguished Service Professor in Psychology.

Isto é equivalente à diferença entre pressão normal de 120 e hipertensão arterial no estágio 1 com pressão arterial de 150.

Diferenças da pressão arterial entre pessoas solitárias e não solitárias foram menores aos 50 anos e maiores entre os adultos mais velhos, aqueles na idade da aposentadoria.

O aumento da pressão sangüínea associada com a solidão é aproximadamente da mesma magnitude das reduções obtidas por meio da perda de peso e atividade física regular em pessoas que sofrem de hipertensão. "Por esses padrões, melhorar a atividade social pode ter benefícios clínicos comparáveis a mudanças no estilo de vida", escrevem os autores.

Participaram da pesquisa 229 pessoas, com idade entre 50 e 68 anos. O grupo selecionado aleatoriamente incluíam brancos, afro-americanos e latinos que fazem parte de um estudo de longo prazo sobre envelhecimento.

Eles foram questionados quanto ao grau de relacionamento com outras pessoas por meio de uma série de tópicos, tais como "Eu tenho muito em comum com as pessoas que me cercam", "Meus relacionamentos sociais são superficiais" e "Eu posso encontrar companhia quando eu desejo".

Os pesquisadores também examinaram dados sobre peso, consumo de álcool, fumo, medicamentos para hipertensão arterial e características demográficas e constataram que pessoas que tiveram pontuação alta em relação à solidão tinham uma pressão sangüínea significativamente maior do que as pessoas não-solitárias com perfil similar em outras medidas.

A pesquisa também mostrou que aumentos na pressão sangüínea associados com envelhecimento são agravados pela solidão.

"Pessoas solitárias diferem dos indivíduos não solitários em sua tendência de perceber circunstâncias estressantes como ameaçadoras ao invés de desafiadoras, lutam com o estresse de forma passiva e não conseguem lançar mão de um suporte emocional e instrumental para sair do estresse ao invés de lutar de forma ativa e tentar resolver o problema", disse Cacioppo.

O estudo com pessoas jovens mostrou um aumento de resistência ao fluxo sangüíneo como resposta ao estresse. A maior resistência ao fluxo sangüíneo em pessoas solitárias comparada a de pessoas não solitárias pode aumentar a pressão sangüínea de pessoas solitárias ao longo do tempo, disse Cacioppo.

Estudos longitudinais estão a caminho para examinar se a solidão, agora associada com aumento da pressão sangüínea, pode desempenhar um papel causal, disse ele.

Fonte: Psychology and Aging

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