Novo estudo científico, apresentado no encontro anual da Sociedade Americana de Clínica Oncológica, em Chicago, nos EUA, concluiu que tomar grandes quantidades de ginseng (Panax quinquefolius), uma raiz comumente utilizada como fitoterápico, ajuda a reduzir a fadiga em pacientes com câncer.
A fadiga entre pacientes com câncer tem sido associada a um aumento dos níveis de citocina, uma molécula relacionada com no processo de inflamação. Estudos realizados com animais, já haviam demonstrado que os ingredientes ativos do ginseng, chamados ginsenosídeos, ajudaram a reduzir as citocinas relacionadas com a inflamação e a regular os níveis de cortisol.
Para o presente estudo, que foi realizado pela Clínica Mayo, nos EUA, os pesquisadores avaliaram os efeitos do ginseng em relação aos seres humanos. No estudo participaram 340 pacientes que haviam concluído ou que estavam em tratamento contra um câncer, sendo que 60% dos casos estavam relacionados com câncer de mama.
Durante oito semanas, parte deles recebeu doses diárias de placebo e o restante, dois gramas de ginseng puro em cápsulas, por dia. Todos precisavam relatar se sentiam desgaste físico, cansaço ou fadiga, e mediam a intensidade da sensação classificando-a em uma escala de zero a 100.
Após quatro semanas do início do estudo, os pesquisadores não observaram diferenças significativas na sensação de bem-estar entre os dois grupos. Porém, depois de oito semanas, os pacientes que receberam a raiz demonstraram uma melhora relevante em relação à fadiga em comparação com aqueles que tomaram placebo.
Segundo o estudo, após esse período, pacientes que receberam o ginseng relataram sentir 20% menos fadiga do que o restante dos participantes. De acordo com os autores, não houve grandes efeitos colaterais.
Mesmo que os participantes do estudo não tenham tido grandes efeitos colaterais, é necessário a conversa com o seu médico antes de qualquer modificação no tratamento.
Fonte: Meu Nutricionista
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